Série de blogues Parte 1 de 3: Compreendendo os microrganismos agrícolas
Os agricultores estão constantemente buscando respostas às crescentes pressões da agricultura atual, como o aumento dos preços dos fatores de produção e de outros custos, a erosão ou a degradação dos solos, a crescente regulamentação ambiental, os fenômenos meteorológicos extremos e a alteração das exigências dos consumidores. As tecnologias apoiadas por dados que oferecem vantagens de desempenho em relação às suas atuais práticas de gestão chamam a atenção dos agricultores. Uma vez que mais produtores procuram produtos microbianos ou biológicos estáveis e estatisticamente validados e que os dados que demonstram uma melhor saúde das plantas e do solo, uma melhor absorção de nutrientes e tolerância ao stress, bem como aumentos globais de produtividade, continuam a crescer.
Apesar do apelo por estas soluções naturais, a agricultura microbiana pode ser um espaço difícil de navegar. Nem todas as soluções microbianas agronômicas são criadas da mesma forma. Embora esta seja uma afirmação bastante simples de entender, é um pouco mais complicado explicar completamente as diferenças entre os produtos. Por essa razão, dividimos o assunto numa série de blogues em três partes para ajudar a orientar os agricultores sobre o que devem considerar ao selecionar um produto microbiano para a suas fazendas.
Os agricultores devem primeiro se questionar sobre algumas questões-chave para escolher o produto microbiano correto para a seu intuito de aplicação: 1) Que função pretendo que o microrganismo desempenhe nas minhas culturas? 2) O produto que estou considerando tem dados suficientes para apoiar a sua eficácia? 3) Será fácil para mim utilizá-lo? 4) Como é que sei que contém o que diz conter no rótulo? Neste post, falaremos sobre os tipos de microrganismos agronômicos e como eles funcionam. Na parte dois, discutiremos as diferenças de manuseio e gestão e, na parte três, partilharemos os nossos conselhos sobre como determinar se está adquirindo um produto microbiano agronômico de qualidade.
Tipos de Produtos Microbianos Agrícolas e Como Funcionam
A primeira questão a se considerar é: “Que trabalho eu quero que um produto microbiano faça para as minhas culturas?” Os produtos microbianos são formulações de microrganismos vivos selecionados pelos seus fabricantes para desempenharem funções específicas que beneficiam a planta. Muitos destes “mecanismos de ação” são familiares: fixação de nitrogênio, solubilização de fósforo ou outros nutrientes do solo, produção de compostos promotores de crescimento ou eliminação de agentes patogênicos e outros indesejáveis. Muitas vezes, o objetivo da aplicação destes tipos de formulações biológicas é introduzir as bactérias “boas” selecionadas no solo do agricultor, na esperança de que se fixem no solo para benefício da cultura e do agricultor.
Faz sentido: se as culturas precisam de mais nitrogênio, você pode adicionar um microrganismo fixador de nitrogênio ao solo para fazer o trabalho. No entanto, esta abordagem tem algumas limitações. O solo de cada agricultor é diferente, tanto em termos de propriedades físicas e químicas, tanto em termos dos microrganismos nativos que já habitam o solo. Os microrganismos selecionados num produto biológico não são geralmente nativos do solo específico do agricultor. Se não se derem bem na sua nova casa, ou se não conseguirem competir com os milhões de microrganismos nativos que povoam cada grama do solo do agricultor, podem não viver o tempo suficiente ou proliferar a um nível suficiente para proporcionar os seus benefícios. Isto pode levar a um desempenho inconsistente do produto e à frustração com os produtos biológicos em geral.
Existe outra opção disponível para os agricultores, uma que adota uma abordagem diferente para resolver o desafio de obter um desempenho consistente e, ao mesmo tempo, proteger os resultados do agricultor. Os produtos agronômicos biológicos não são a única fonte de bactérias boas disponível para o agricultor. As bactérias boas estão em todo o lado, incluindo nas populações nativas de microrganismos já presentes no solo de um agricultor. As plantas evoluíram ao lado destes microrganismos e, ao longo do tempo, aperfeiçoaram os processos naturais para “chamar” e cultivar populações de microrganismos benéficos nas suas zonas radiculares. A planta alimenta estes microrganismos com exsudados radiculares e, em troca, os microrganismos benéficos realizam uma variedade de trabalhos úteis para a planta.
Em vez de tentar inocular o solo do agricultor com bactérias boas não nativas, a tecnologia patenteada HoloGene 3™ da BiOWiSH funciona porque os nossos Bacillus endofíticos fornecem nutrientes do solo às culturas através do ciclo da rizofagia, um processo que também melhora os microrganismos benéficos na rizosfera. Este mecanismo cria uma relação simbiótica entre a planta e os microrganismos do solo. A nova aliança planta-microrganismo tem um perfil de aptidão combinado (o hologenoma) que aumenta a eficiência da utilização de nutrientes, apoia a absorção de nutrientes, melhora os microrganismos benéficos na rizosfera, otimiza as condições do solo para uma maior massa radicular e melhora as condições do solo para um melhor vigor da planta. Este ciclo de mudanças positivas conduz a benefícios específicos para o solo e o microbioma do solo, e o resultado é um potencial de rendimento otimizado por uma melhor absorção de nutrientes.
Na nossa opinião, estimular os microrganismos nativos existentes no solo é a abordagem mais eficaz e preferível do que introduzir um grande número de microrganismos não nativos no solo. Mas não tem de acreditar apenas na nossa palavra; veja os nossos resultados de desempenho aqui. Mesmo que um produtor opte por introduzir microrganismos benéficos não nativos em seu solo, a tecnologia BiOWiSH HoloGene 3 ™ pode nutrir esses microrganismos junto com seus equivalentes nativos.
Selecionar o tipo correto de microrganismo é apenas o primeiro passo. O próximo post, parte dois, é sobre considerações para Flexibilidade e Facilidade de Uso. Não só abordaremos as preocupações práticas do agricultor relativamente à aplicação, como também examinaremos os Fertilizantes de Eficiência Melhorada (EEF) e uma nova classificação de EEF que melhora a eficácia das aplicações de nutrientes.
Autor
John Gorsuch
Director of R&D
BiOWISH Technologies Inc.
Cincinnati, Ohio 45208 USA